A Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou novas metas para as empresas prestadoras
de serviço de internet fixa e móvel. A partir do ano que vem, a média de
velocidade do serviço ofertado deve subir gradativamente, até atingir a média
mensal de 80% da velocidade contratada para a internet residencial de alta
velocidade, em 2014.
Cabo de internet (Foto: stock.xchng)
Hoje, a
velocidade média real entregue aos usuários é de apenas 10% do contratado pelo
consumidor (ex: contrata-se 1Mbps, mas obtem-se apenas 100kbps). Com as novas
metas, a prestadora de serviços de internet que tiver mais de 50 mil assinantes
será obrigada a oferecer uma velocidade inicial de 60%, em uma média mensal.
Essa porcentagem deve aumentar para 70% em 2013, chegando aos 80% planejados em
2014.
Para
fazer com que a lei seja cumprida, a Anatel estabeleceu medidas para que o
próprio consumidor atue como "fiscal" da internet oferecida em sua
residência. As prestadoras de serviço de internet deverão oferecer aos usuários
um software para medição de velocidade, onde o cidadão poderá verificar se o
serviço está sendo entregue de acordo com a lei. Caso a velocidade esteja
abaixo do que foi contratado pelo usuário, basta fazer a reclamação com base
nos dados registrados pelo software.
A
velocidade instantânea da conexão não pode ser menor do que 20% do valor
contratado, em 95% das medições. O percentual passa para 30% em 2013, e 40% em
2014. Uma entidade vai medir a qualidade da internet contratada pelas empresas
e coletar amostras aleatórias do serviço, para verificar se as metas são
cumpridas. Em caso de descumprimento das obrigações, a empresa prestadora de
serviço pode ser multada em até R$ 25 milhões.
Também
foi estabelecida que as empresas não podem mais limitar a velocidade de conexão
de acordo com o serviço utilizado pelo internauta, exceto em caso de segurança
e instabilidade da rede. Ou seja: as prestadoras de serviços de internet não
podem dificultar o acesso a serviços de VoIP (Skype, Google Talk, etc) ou
vídeos ondemand (como Netflix), induzindo o usuário a utilizar outros
serviços da empresa, como telefone e TV por assinatura.
Segundo
João Rezende, conselheiro da Anatel, essas mudanças não deverão resultar em
aumento dos preços dos serviços para o usuário final. As metas de qualidade
foram colocadas em consulta pública antes de serem aprovadas pela Anatel.
FONTE: TECHTUDO
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